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1. CANÇÕES:
Tradução francesa: Marine Massot ajudada por Fabio Vasconcelos para o "Rancho", dansa do Nordeste.

 

. CORRIDA DE JANGADA - Compositor: Edu Lobo e Capinam - Intérpretes: Elis Regina, Edu Lobo, Nara Leão, Carol Saboya, entre outros...
Tocar o inicio (mp3, 262Ko) :

Meu mestre deu a partida
É hora vamos embora
Nos rumos do litoral
Vamos embora
Na volta eu venho ligeiro
Vamos embora
Eu venho primeiro pra tomar seu coração
É hora, é hora vamos embora
Viração, virando vai
Olha o vento, a embarcação
Minha jangada não é navio não
Não é vapor nem avião
Mas carrega tanto amor
Dentro do seu coração
Sou seu mestre, meu proeiro
Sou segundo, sou primeiro
Olha reta de chegar, olha a reta de chegar
Mestre proeiro, segundo. primeiro
Reta de chegar, reta de chegar
Meu barco é procissão
Minha terra é minha igreja
O meu rosário no seu corpo vou rezar
Minha noiva é meu rosário
No seu corpo vou rezar
É hora, vamos embora.
Mon maître a donné le départ
C'est l'heure, allons-y
Sur les chemins du bord de mer
Allons-y
Au retour je reviens rapidement
Allons-y
Je viens d'abord pour prendre ton cœur
C'est l'heure, allons-y
La brise, petit à petit, tourne
Regarde le vent, l'embarcation
Ma jangada n'est pas un navire
Ni vapeur, ni avion
Mais transporte tant d'amour
Dans son cœur
Je suis son maître, je suis à la proue
Je suis second, je suis premier
Regarde la ligne d'arrivée
Maître de proue, second, premier
Ligne d'arrivée, ligne d'arrivée
Mon bateau est procession
Ma terre est mon église
Je vais dire mon rosaire sur son corps
Ma mie est mon rosaire
Sur son corps je vais prier
C'est l'heure, allons-y.

 

. ARRASTÃO - Compositor: Edu Lobo e Vinicius de Moraes.
Tocar o inicio (mp3, 604Ko) :

Eh! Tem jangada no mar
Eh! eh! eh! Hoje tem arrastão
Eh! Todo mundo pescar
Chega de sombra, João
Jovi!
Olha o arrastão entrando no mar sem fim
É meu irmão me traz Iemanjá pra mim
Minha Santa Bárbara
Me abençoai
Quero me casar com Janaína
Eh! Puxa bem devagar
Eh! eh! eh! Já vem vindo o arrastão
Eh! É a rainha do mar
Vem, vem na rede João
pra mim
Valha-me meu Nosso Senhor do Bonfim
Nunca jamais se viu tanto peixe assim
Eh! Il y a des jangadas en mer
Eh! eh! eh! Aujourd'hui, on sort le chalut
Eh! Tout le monde pêche
Sors de l'ombre, João
Jovi!
Regarde le chalut entrer dans la mer infinie
C'est mon frère qui m'apporte Iémanja
Ma Sainte Barbara
Bénis-moi
Je veux épouser Janaína
Eh! Tire doucement
Eh! eh! eh! Le chalut revient déjà
Eh! C'est la reine de la mer
Viens, occupe-toi du filet João
pour moi
Aidez-moi, Notre Seigneur du Bonfim
Jamais on n'a vu autant de poissons !

 

. SUÍTE DOS PESCADORES - Compositor e Intérprete: Dorival Caymmi.
Tocar o inicio (mp3, 871Ko) :

Minha jangada vai sair pro mar
Vou trabalhar, meu bem quere
Se Deus quiser quando eu voltar do mar
Um peixe bom, eu vou trazer
Meus companheiros também vão voltar
E a Deus do céu vamos agradecer
Adeus, adeus, pescado não se esqueça de mim
Vou rezar pra ter bom tempo, meu bem
Pra não ter tempo ruim
Vou fazer sua caminha macia, perfumada de alecrim
Pedro...,Nino...,Zeca...,
Cadê vocês, homens de Deus?
Eu bem disse à José, não vá José, não vá José
Meu Deus! Com um tempo desses não se vai
Quem vai pro mar, quem vai pro mar, não vem
Pedro...,Nino...,Zeca...,
É tão triste ver partir alguém que a gente quer
Com tanto amor, e suportar a agonia de esperar voltar
Viver olhando o céu e o mar, a incerteza, a tortura
A gente fica só, tão só. A gente fica só tão só
É triste superar.
Uma incelença entrou no paraíso
Adeus, irmão, adeus, até o dia de Juízo.
Ma jangada va sortir en mer
Je vais travailler, ma bien aimée,
Si Dieu veut, quand je reviendrai,
Un bon poisson, je ramènerai
Mes compagnons aussi reviendront
Et Dieu des cieux, nous allons remercier
Adieu, adieu, pêcheurs, ne m'oubliez pas
Je vais prier pour avoir beau temps
Pour ne pas avoir mauvais temps
Je vais faire de ton lit, un lit moelleux parfumé de romarin
Pedro..., Nino..., Zeca...,
Oû êtes-vous, enfants de Dieu?
J'avais bien dit à José:"N'y va pas José! N'y va pas!"
Mon Dieu! Avec un temps comme ça, on ne sort pas
Qui va en mer, qui va en mer, ne revient jamais...
Pedro..., Nino..., Zeca...,
C'est si triste de voir partir quelqu'un qu'on aime
Autant , et supporter l'agonie de l'attente du retour
De vivre en scrutant ciel et mer, l'incertitude, la torture
On se retrouve seul, si seul
C'est dur à surmonter.
Une excellence est entrée au paradis
Adieu, mon frère, adieu, on se retrouvera le jour du jugement dernier.

 

. A JANGADA VOLTOU SO - Compositor e Intérprete: Dorival Caymmi.
Tocar o inicio (mp3, 550Ko) :

A jangada saiu
Com Chico Ferreira e Bento
A jangada voltou só
Com certeza foi lá fora, algum pé de vento
A jangada voltou só...
Chico era o boi do rancho
Nas festas de Natal
Não se ensaiava o rancho
Sem com Chico se contá
E agora que não tem Chico
Que graça é que poder ter
Se Chico foi na

jangada
E a jangada voltou só...a jangada saiu
Com Chico Ferreira e Bento
A jangada voltou só
Com certeza foi lá fora, algum pé de vento
A jangada voltou só
Bento cantando modas
Muita figura fez
Bento tinha bom peito
E pra cantar não tinha vez
As moças de Jaguaripe
Choraram de fazê dó
Seu Bento foi na jangada
E a jangada voltou só

La jangada est sortie
Avec Chico Ferreira et Bento
La jangada est revenue seule
Il y a certainement eu tourbillon là-bas
La jangada est revenue seule...
Dansant le rancho, Chico faisait le boi
Lors des festivités de Noël
On ne répétait pas le rancho
Sans Chico, raconte-t-on
Et mainteneant que Chico n'est plus là
Quel intérêt y a-t-il
Puisque Chico était dans la jangada
Et que la jangada est revenue seule...la jangada est sortie
Avec Chico Ferreira et Bento
La jangada est revenue seule
Il y a certainement eu un tourbillon là-bas
La jangada est revenue seule
Quand Bento chantait des chansons,
il était remarquable
Bento avait de la voix
Et il était inégalable au chant.
Les filles de Jaguaripe
Pleurent de douleur
Bento était dans la jangada
Et la jangada est revenue seule

 

. JANGADEIRO DO NORTE- Autores: Tonico et Zé Carreiro.

Jangadeiro do Norte
Que luta côa sorte
Nas ondas do mar
Sai desde madrugada
Na sua jangada
Ele vive a pescá.

Quando chega a tardinha
Que o sór vai entrá
A muié ta rezando
Na praia esperando
A jangada chegá.

Jangadeiro do Norte
Que luto côa morte
Não pode sarvá
Dexô seus fiinho
No veio ranchinho
Na bera do mar

Muié do jangadeiro
É jangadeira tambem
Lutando côa vida
Pra traze comida
Pro fio que tem

Jangadeiro foi embora
Côa a sereia do mar
Sua vois encantada
Levou a jangada
Pra não mais vortá

Jangadeiro du Nord
Qui lute avec le sort
Dans le creux de la mer
Sort tôt le matin
Sur sa jangada
Sa vie est la pêche.

Quand arrive le soir
Que le soleil va se coucher
Sa femme prie
Sur la plage, esperant
La jangada arriver.

Jangadeiro du Nord
Qui lute avec la mort
Ne peut pas se sauver
Laisse ses enfants
Dans la vieille cabane
Prés de la plage.

Femme de Jangadeiro
Est Jangadeira aussi
Lutant pour la vie
Pour nourrir
L'enfant qu'elle a.

Jangadeiro s'en est allé
Avec la sirène de la mer
Sa voie enchanteresse
A emporté la jangada
Pour ne jamais revenir.

 

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2. POEMAS:
Felizmente as poemas sobre as jangadas são mas alegres que as canções. Os compositores cantam o drama do jangadeiro perdido no mar, os poetas brasileiros, eles, vêem a beleza e a docura do mar. (Acabei de pensar em "Oceano Nox", mas é verdade que Victor Hugo não é brasileiro ! :-))

. A JANGADA - de Farias Brito - (WebSite)

Ei-la solta no mar ligeiro esvoaçando,
Como um vasto lençol
Para as nuvens azuis sublime levantando
As asas colossais, brilhantes como o Sol.

Tornou-se uma legenda. Adoro-te, jangada.
És um poema de amor na luta encarniçada
Contra o vil interesse e negra tirania,
Nesse drama imortal de glória e de agonia,
Em que foi sufocada a voz do despotismo,
E foi desfeito o mal e foi transposto o abismo
Da negra escravidão.

Emblema do progresso, águia da multidão,
Foste o canto ideal da nova marselhesa
Que fez brotar o bem. Tiveste a realeza
Das cousas imortais,
Cheias da grande luz dos grandes ideais,
Que fazem renovar-se o coração humano,
Sentindo da verdade o influxo soberano.
Foste da liberdade a página dourada,
Branca filha do mar, celestial jangada.

 

 

. JANGADA TRISTE de Gilberto Freyre - (WebSite)

Ao longe, mui longe, no horizonte,
além, muito além daquele monte,
como ave que voa desdenhada,
flutua tristemente uma jangada.

Nos zangados soluços do oceano,
quase desaparece o canto humano
de quem no mar e céu inda confia
porque em terra tudo lhe é melancolia.

Isso de terra firme e mar traiçoeiro
nem sempre é certo para o jangadeiro
mais preso ao fiel sal que à incerta areia.

Mistura ao grande azul as suas mágoas
e encontra no vaivém das verdes águas
consôlo às negras dores cá da terra.

Au loin, très loin, au lointain horizon
au-delà, bien au-delà de ce mont,
comme un passereau délaissé, là-bas,
flotte tristement une jangada.

Dans les rauques sanglots de l'océan
s'évanouit un chant humain. Le chant
d'un homme qui à la mer se confie
n'ayant sur terre que mélancolie.

Quant au dit: Terre ferme et mer traîtresse
le jangadier fait un peu son ivresse,
lui plus fidèle au sel qu'au léger sable

Mêle au grand bleu la peine qui l'acable
et trouve au vert va-et-vient de l'eau claire
l'oubli des noires douleurs de la terre.

 

Segue um de um poeta popular, Françua Gonçalvez Cruz, encontrado nas praias de Cumbuco e criado por um padre francês, François...daqui o nome dele.

. A VIDA DO JANGADEIRO - Françua Gonçalvez Cruz

A vida do Jangadeiro
Eu quero te explicar
Vai ele e três companheiro
Ficar lá no alto mar
Sabe o dia de ir
Mais não sabe o de voltar

O turista ele tem
De tudo na sua mão
Vai pro mar numa jangada
Para sentir a emoção
Leve pra sua terra
A nossa recordação

É uma admiração
Que ele tem do jangadeiro
Em ficar no alto mar
Ao lado dos companheiro
Assim fala o turista
Que vem do Rio de Janeiro

Vem o vento rasteiro
A jangada balança
Ele pergunta companheiro
Ela não vai naufragar?
Responde o jangadeiro
Você pode confiar

Pois na hora de voltar
Vem sorrindo o jangadeiro
Porque nas águas do mar
Ninguém encontra cabelos
Você pode acreditar
Em nosso Pai verdadeiro

O Cumbuco tem vista
Do povo do Paraná
Porque a praia é bonita
Para o povo se banhar
Quem olha de perto fica
Sempre querendo voltar

Tem passeio de todo jeito
Isso eu quero lhe explicar
Até o jegue tem proveito
Para os meninos passear
Isso tudo no Cumbuco
Nós temos que lhe mostrar

Tem as águas cristalinas
Para o turista ver
E o poeta examinar
Posso lhe declarar
Que todos que vem de fora
Eu acho bom conhecer

Tenho que falar nas dunas
Que pertence ao buqueiro
Entre as várias formas de colunas
Eles correm ligeiro
Voa que nem as graúnas
Para ganhar seu dinheiro

Aqui termino o verso
Eu não sinto pessadelo
Eu tenho que doar sucesso
Eu improviso ligeiro
E eu demostro tranquilo
A vida do jangadeiro

 

 


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